(Notícia desenvolvida por mim e um colega, no primeiro semestre de 2020, para a disciplina Jornalismo Esportivo).

A abertura que deu show

Há cada quatro anos, várias nações se unem para celebrar os Jogos Olímpicos, e em 2020 não seria diferente. Nessa época do ano, o mundo deveria estar se aquecendo para as Olimpíadas de Tóquio, porém com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, o Comitê Olímpico do Japão decidiu adiar os jogos para o ano que vem. Sendo assim, a superprodução dos japoneses vai acontecer entre 21 de julho e 8 de agosto de 2021.

Com o adiantamento da competição, muitas pessoas compartilharam nas redes sociais o sentimento de saudosismo pela última edição dos jogos, que aconteceu aqui no Brasil em 2016, tendo o Rio de Janeiro como cidade sede pela primeira vez, e onde entregamos um show da nossa cultura como o mundo nunca viu antes.

Na grande abertura, que aconteceu no estádio do Maracanã, a história do Brasil foi contada por índios, portugueses, negros, imigrantes e a mestiçagem cultural do país. O evento teve a presença de muitos artistas nacionais como Zeca Pagodinho, Marcelo D2, Anitta, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Entre os momentos mais marcantes estão Paulinho da Viola cantando o hino nacional, Jorge Ben Jor fazendo 78 mil espectadores cantar “País Tropical”, e a musa Gisele Bündchen desfilando ao som de “Garota de Ipanema”, clássico da Bossa Nova. Além da parte cultural, a cerimônia também fez campanha pela preservação do meio ambiente.

Flaubert Garcia, de 44 anos, foi um dos 50 mil voluntários da Olimpíada do Rio. Mesmo sendo responsável por auxiliar os atletas em seu treinos e jogos, ele não recebeu nenhum spoiler a respeito da cerimônia de abertura. ''Isso, pra nós, ficou também um suspense, a questão da pira, do acendimento, de quem seriam as pessoas, então a única certeza que nós tínhamos era que ia ter o momento que essa pira ia ser acesa, que o presidente do COI (Comitê Internacional Olímpico) ia fazer o pronunciamento, e a partir daí o desfile de bandeira, o desfile de delegação. Isso era a única coisa que a gente sabia desde então, e que alguns atletas iam participar”; lembra o professor de educação física.

Se para Flaubert, o que marcou mais foi a parte dos atletas, para a proprietária de uma agência digital, Fernanda Santana, 24 anos, o show teve outro destaque. ‘’Lembro da Gisele desfilando. Foi muito marcante pra mim, principalmente depois que li o livro dela e pude entender melhor o que aquilo significava”. Ela assistiu a abertura através da TV, mas teve a oportunidade de assistir a semi-final de futebol masculino entre Brasil e Honduras no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. “Os jogos foram muito emocionantes e a vibração de tantas pessoas ali, curtindo aquele momento, foi sensacional”, conta a jovem.

Os Jogos Olímpicos realizados no Brasil em 2016 foram um grande acontecimento para o país.  Durante os torneios, nossa cultura ficou em evidência pelo mundo e batemos recorde de turistas, como apontou o Ministério do Turismo em 2017. Foram mais de 6,6 milhões de pessoas e R$6,2 bilhões de reais injetados na economia.

Foto Destaque: Pixabay. 
A abertura que deu show
Published:

Owner

A abertura que deu show

Published: